Campeões da infelicidade mundial

Por Caio
Paulo disse que se a esperança de ser de Cristo é algo que se limita apenas aos horizontes da presente existência, então, quem assim seja e creia em Jesus, será o mais infeliz de todos os homens! 
De fato, assim como “o reino de Jesus” não é deste mundo, do mesmo modo servi-Lo entre os homens com expectativa de “recompensa terrena” é a pior de todas as escolhas, posto que deste mundo que jaz no Maligno, o que Jesus diz é: “Aí vem o Príncipe desde mundo, e ele nada tem em mim!” 

Jesus não serve aos propósitos deste mundo! 

Por isto, uma fé em Jesus que seja apenas segundo a carne, conforme Paulo, ou apenas meramente “terrena, animal e demoníaca”, como diria Tiago, não realiza nada senão muita frustração.
Se eu quisesse alguma “recompensa” humana na Terra jamais seria discípulo de Jesus!

Dizer-se discípulo de Jesus qualquer um pode dizer-se, até o diabo. Mas, de fato, o ser discípulo Dele se mostra apenas por aquilo que na vida possa se mostrar como ato, gesto e decisão.

Ora, o Evangelho somente é Boa Nova para Hoje porque diz que o hoje não é o fim de nada, pois, de fato, nossa esperança está nos céus, de onde também aguardamos o Senhor Jesus, e, com Ele, tudo novo: um novo nome, uma nova cidade, um novo corpo, um novo ser, uma nova consciência, uma nova humanidade; onde não há religião, nem maldição, nem poder político, nem diversão como alienação, nem separação social ou racial, nem sexo como diferença, nem juízo, nem culpa, nem medo e nem morte; posto que tudo será amor como o amor é segundo Deus.

Tire, todavia, a esperança da Glória de Deus e a certeza da ressurreição da pulsão existencial do ser que se diz discípulo de Jesus, e, então, você verá o que Paulo disse acontecendo bem diante de você, no caso de tal discípulo ser um outro que não você mesmo, ou, então, se o antes discípulo é você hoje, sinta em você mesmo o poder da profecia existencial de Paulo, posto que sua infelicidade não terá rival na Terra.

Esse Jesus da Terra, esse Jesus da Prosperidade e do Poder, esse Jesus da “igreja” e do “cristianismo”, é o diabo.

Quem o segue morre seco e sem esperança! Sim! Esse Jesus também dos livros, da Bíblia, das doutrinas, dos projetos sociais, dos messias cristãos, dos salvadores do mundo, dos teólogos, dos filósofos, dos pensadores e dos que acenam com esperanças feitas de ilusões humanas, é um deus de tristeza e de desesperança, pois, de fato, sendo honesto com Jesus segundo o Evangelho, fica claro que Jesus não serve para o mundo dos humanos nesta Terra.

Não dá para ser discípulo de Jesus sem sonhar com Novo Céu e Nova Terra, não desta ordem, não como o céu e a terra são hoje; e nem tampouco como os homens sonham com felicidade e com prosperidade; e nem ainda dá para ser como os cristãos que falam de vida eterna enquanto tudo o que desejam é imortalidade terrena e temporal.

Sim! Retire o céu eterno do coração do homem e o que sobrará será o diabo da Terra!E mais: tal diabo é pura angustia, é total pulsão auto-destrutiva, é moção suicida em nome da vida!


Ou seja:

Esse discípulo sem céu no coração é o ser mais angustiado da Terra e torna-se a causa da grande angustia dos demais homens, posto que fale de eternidade enquanto rejeita a vida no espírito e na eternidade como quem rejeita o diabo.

Jesus é o objeto absoluto de contradição em razão de ser Quem de fato é. Mas o cristianismo é a grande contradição do Planeta em razão de não ser quem confessa ser e crer.

Os discípulos sem eternidade no ser são os grandes aflitos da humanidade e a causa do homem ficar pior do que já é, pois, como disse Jesus, uma casa mal assombrada que seja apenas visitada pelo libertador, mas que não seja por Ele ocupada, torna-se posteriormente mais mal assombrada do que a pior assombração não visitada um dia pela libertação.

Tornar-se existencialmente um ex-discípulo de Jesus é tudo o que de pior pode suceder a um homem, pois, como disse Pedro, melhor lhe teria sido jamais ter conhecido o caminho da verdade.

Mais felizes são todos os seres sem cristianismo da Terra do que os milhões de cristãos sem Jesus, e que odeiam a eternidade, temem a morte e amam o mundo, enquanto não cessam de anunciar um monte de coisas das quais, de fato, fogem como o diabo foge da Cruz.

Assim, profunda é a angustia do crente, embora, também, seja tragicamente simples de explicar.

Cada dia mais fica simples e claro para mim que qualquer percepção do Evangelho que não seja carregada de ressurreição e de vida eterna, é, por si só, uma contradição com a qual o espírito humano não suporta o convívio, e, por isto, entrega-se à fé dos saduceus, que é sem anjos, nem espírito e nem ressurreição dos mortos.

Ora, no caso dos “cristãos saduceus”, que são os que são discípulos de Jesus segundo a carne e as crenças simpáticas do Cristo Histórico, infelizmente o que lhes sobra como galardão existencial por uma fé tão sem fé, é apenas a angustia dos habitantes das casas assombradas, agora, sete vezes mais cheias de fantasmas do que antes.

Este é o veredicto da verdade. E quem pode contra ela?


Nele, que é a vida eterna,



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