SEM PERDÃO NÃO HÁ SALVAÇÃO!

Tem gente que pensa que não-perdoar é um direito e que perdoar é um sacrifício; pois, para tais pessoas, guardar rancor e desejar o mal dos que lhes fazem males, é um direito e uma questão de vergonha na cara, visto que jamais saíram do mundo das bestas e dos animais carnívoros. O segredo da vida, no entanto, é jamais odiar ninguém, ao contrário: amar a todos; especialmente os que nos provocam pelo ódio [ou por qualquer de seus derivados] a deixarmos o caminho da paz interior, a fim de nos fazermos escravos do ódio de um louco e cego pela falta de amor.
Perdoar é a essência da Graça em seu aplicativo no coração do homem que encontrou a Graça de Deus. Quem tem consciência de que vive e respira favor divino, esse perdoa sempre; e não se deixará desviar do caminho da paz apenas porque algum filho do ódio deseje alveja-lo com as setas da mentira e da amargura.

Sempre perdoados perdoam sempre!

Profetas, entretanto, muitas vezes são confundidos com pessoas amarguradas. Afinal, há muita gente amargurada que busca o disfarce de profeta ou até de poeta. O profeta, todavia, vive a difícil tarefa de denunciar com energia, enquanto ama pelo seu desejo de ver a denuncia se converter em arrependimento e conversão daqueles aos quais dirige as palavras da verdade de Deus. Assim, o verdadeiro profeta só denuncia se nele pré-existir o perdão, pois, assim profetizará amando, e cheio de esperança de que a profecia seja um futuro novo para todos. 

Profecia sem amor é sino tocando arrítmico e enlouquecidamente, e só se faz ouvir pelos filhos do ódio, mas não gera conversão. Somente os filhos do perdão e da reconciliação prévia e unilateral, profetizam e se fazem ouvir pelos filhos da paz que os escutarem. Sim! Pois até a verdade falada sem amor se torna mentira na vida daquele que a pronuncia, e, assim, se faz ouvir por outros mediante a energia espiritual da mentira.

Desse modo, verdade sem amor é a maior hipocrisia!É o amor que faz toda verdade, verdadeira em sua plenitude. Por isso é que se diz: “Sem amor nada me aproveitará!”

Pense nisso!

Caio

2 comentários:

  1. Parte 1
    Perdão e Salvação. Eis um tema que deveríamos nos debruçar com carinho e acuradamente estudar as Escrituras Sagradas para obtermos do Senhor mais luz a respeito desse assunto tão importante. Gostaria de apresentar alguns textos bíblicos que nos mostram que o perdão não é apenas o apagar o registro dos nossos pecados, mas algo muito mais profundo. Vejamos.
    Estabeleçamos aqui uma verdade: o gerúndio é forma nominal do verbo, isto é, através do gerúndio o verbo pode assumir outras funções como, por exemplo, adjetivo e advérbio. Quando o gerúndio tem a característica de advérbio, ele vem com a função de explicar, detalhar o que o verbo principal está a nos dizer. Exemplo: se eu dissesse – “Ele falou sobre o assunto.” A oração está completa, pois tem sujeito e predicado. Como já vimos, o advérbio assume o mesmo papel do adjetivo em relação ao substantivo: ele modifica, dá um realce, enfim, oferece informações complementares. Se interpuséssemos o advérbio gritando na oração exemplar acima mencionada, veja como ficaria: “Ele falou sobre o assunto, gritando.” Gritando aqui dá uma nova ideia de como o rapaz do exemplo apresentou sua fala.
    Muitos de nós não conseguem ver a importância desses detalhes e, por conseguinte, perdem as riquezas oferecidas por eles. É importante sabermos disso ao estudarmos as Escrituras Sagradas, pois elas exigem também tal conhecimento. Bom, uma vez explicado o emprego do gerúndio e sua importância, prossigamos na nossa exposição.
    Em Efésios 2:1, Paulo nos diz que estamos mortos se ainda não nos entregamos a Cristo, e afirma que se isso nós fizermos o nosso Salvador nos vivifica. O que é vivificar? Qualquer dicionário nos ofertará este sinônimo: ressuscitar. Vivificar é o mesmo que ressuscitar. E, na verdade, o sentido não poderia ser outro, pois o homem, vivendo em seus pecados e ofensas, está morto. Sim, isso é mais que patente. Mas o que vem em seguida? Migremos de Efésios para Colossenses, no capítulo 2, versículo 13. Lá encontramos o seguinte texto: “E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos.” Malgrado esse texto ter muita semelhança com o primeiro, traz-nos um dado muito, muito importante. Lembra do gerúndio e de sua função? Perceba o emprego do verbo PERDOAR nesse versículo. Ele não está na sua forma original, mas no gerúndio. Se ele está no gerúndio, sua função na oração ou é de adjetivo ou de advérbio. Não há como lhe atribuir a função de adjetivo, nesse texto, e, por tal azo, teremos que aceitar que perdoando é um advérbio relacionado ao verbo a quem ele se subordina, o verbo principal, vivificar. O que nos vem à luz? Como dantes asserimos, perdão é ressurreição. E como ressurgimos da lama do pecado e das ofensas? Quando o perdão é concedido. Deus ao nos perdoar, num ato só ele torna concomitante duas operações: apor perdão ao lado dos registros dos nossos delitos, que corresponde ao apagar, e o mais importante de tudo, Ele nos dá vida, nos ressuscita.

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