As igrejas indicam candidatos a cargos políticos por inspiração do Espírito Santo ou por interesses pessoais?

 Por Pri Gundes
Estamos em agosto, há poucos meses das eleições para prefeito e vereadores. Em São Paulo as ruas já estão cheias de faixas, banners, cartazes e afins com fotos dos candidatos. É engraçado, pois se um comerciante quiser colocar uma faixa na frente do seu estabelecimento não pode, por conta da lei “Cidade Limpa”. Porém, emporcalhar São Paulo com as fotos dos caras de pau (com raras exceções) que pleiteiam uma boquinha na política, isso pode. Contradições que só os bastidores do poder podem explicar.
Mas enfim, o assunto deste artigo é outro. Nas últimas semanas, várias igrejas manisfestaram seu apoio político – diga-se de passagem, a “indicação” (ou será ordenamento?) – a candidatos. Mas fica a dúvida: esse apoio se deve a uma direção que o Espírito Santo deu ao líderes evangélicos, ou se deve a acordos de bastidores entre as lideranças gospel e os políticos em questão?
Essa é uma questão muito importante. Se a indicação se deve à inspiração divina, é totalmente válida, afinal devemos obedecer a Deus. Porém, se a indicação se deve aos interesses eclesiásticos, isso se torna algo criminoso espiritualmente falando, um verdadeiro estelionato gospel, afinal se usa da influência que um líder religioso tem sobre suas ovelhas para levá-las a agir conforme a vontade humana, e ainda usando do nome de Deus (mesmo subliminarmente, afinal levar um candidato ao púlpito e orar por sua eleição predispõe os fiéis a acharem que Deus está no negócio).
Mas como discernir se as igrejas estão agindo por interesse próprio ou por inspiração divina?
Devemos ter em mente que a Verdade é uma só (embora o adversário tende a construir “verdades alternativas” para enganar os incautos em todas áreas da nossa vida, não apenas no campo espiritual). Assim, o Espírito Santo tem que, por coerência, se agradar de apenas um candidato a prefeito, por exemplo (afinal, não dá para eleger mais do que um). Assim sendo, como explicar os dados a seguir?
Igreja Mundial do Reino de Deus apoia José Serra (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/waldemiro-abencoa-candidatura-serra-prefeitura-sp.html)
Assembléia de Deus do Brás Ministério Madureira apóia Gabriel Chalita (http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-08-08/candidatos-a-prefeito-de-sao-paulo-buscam-apoio-de-igrejas.html)
Convenção Geral das Assembléias de Deus apoia José Serra (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/waldemiro-abencoa-candidatura-serra-prefeitura-sp.html)
Igreja Sara Nossa Terra apoia Gabriel Chalita (http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-08-08/candidatos-a-prefeito-de-sao-paulo-buscam-apoio-de-igrejas.html)
Igreja Renascer em Cristo vai divulgar apoio a José Serra (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,serra-se-aproxima-da-renascer-e-tem-apoio-99-fechado,916171,0.htm)
Igreja Universal do Reino de Deus apoia Celso Russomano (http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-08-08/candidatos-a-prefeito-de-sao-paulo-buscam-apoio-de-igrejas.html)
Estranho, não? Não fica bastante claro que muitas igrejas estão usando da sua influência para ajudar a eleger um candidato que será, obrigatoriamente, um “devedor de favor”? E que, assim, terá que fazer concessões a favor dessas igrejas, em detrimento do resto da sociedade?
Cá para nós, isso é algo ético? É algo cristão? Jesus agiria assim?
Como é engraçado (para não dizer triste) ver esses mesmos líderes gritando do alto de seus púlpitos que os fiéis devem depender exclusivamente de Deus (pregação ótima para obtenção de maiores e melhores ofertas), porém eles mesmos não dependem de Deus, mas de favores conseguidos em conchavos de bastidores. Doce e triste ironia essa em que vive boa parte do mundo dito evangélico.
Todos devemos depender exclusivamente de Deus, e isso se refere também aos “intocáveis” líderes gospel. E, como tal, lhes compete levar as ovelhas ao senso crítico na hora de votar, e a orar por quem quer que seja eleito (afinal, a eleição não compete apenas aos evangélicos, mas a toda a sociedade, de forma que mesmo que uma igreja vote em bloco no candidato X, isso não significa que o candidato Y não venha a se eleger). Púlpito é lugar de pregação da Palavra, não de exposição de acordos humanos e políticos. Um candidato que sobe no púlpito não significa que virou cristão, embora os líderes gospel gostem de bradar isso (procurem no Youtube o vídeo da “conversão do Kassab” e morram de vergonha alheia). Ao contrário, temos visto muitos lobos políticos se unindo aos lobos eclesiásticos, profanando o Sagrado a olhos vistos.
Que Deus poupe as ovelhas do matadouro.
Fonte: Estrangeira

5 comentários:

  1. Pra mim a religião desde a sua fundação, desde antes do nascimento de Jesus, sempre foi, é, sempre será uma ferramenta política. Ferramenta de alienação com o objetivo de alienar e manter o gado disciplinado. Púlpito sempre foi lugar de política, o lugar de se pregar a palavra é como Jesus fazia: O céu é o teto, a paisagem as paredes, sem dinheiro, sem arrecadações, Paulo Trabalhava para dar exemplo, não vivia de caridade, mas aceitava comida e hospedagem como ajuda, arrecadou dinheiro uma só vez para ajudar o povo necessitado da cidade, "uma vaquinha", no mais os discípulos verdadeiros de Deus nunca carregaram nem ouro nem prata, nunca participaram da politica, e sempre foram pobres, exemplos como: Elias, Eliseu, Jonas, João Batista, Pedro, Paulo...todos os a discípulos verdadeiros de cristo nunca fizeram parte de politicagem.

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  2. "nunca fizeram parte de politicagem." e nem de arrecadação financeira. Quer acabar com a corrupção? Simples: Criar igrejas, sem dinheiro, sem arrecadação, sem a raiz de todos os Males, o demonio MAMON (dinheiro) se essa igreja for de Deus, ela se mantem sem MAMON, como a igreja primitiva de Jesus, aonde está a fé? Jesus disse que quando ele voltasse, seria uma apostasia total da verdadeira essencia da fé, quer apostasia maior que essa?

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  3. O sistema do 666 é o sistema do impostos estabelecido por Salomão que funciona até hoje. No blog Jeová não é o Pai tem um estudo completo sobre isso. Jeová é o dono do ouro e da prata, ou seja, Jeová e o Diabo controlam as finanças mundiais. Não são os Iluminates, Maçons, bancos, empresas, quem controla tudo é Mamon. Vamos ver quem é Mamon: Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos." Ageu 2:8 O Senhor dos Exércitos é Jeová.

    As Igrejas e as lideranças religiosas são todos imundos e gananciosos, a desculpa deles é dizer que José, Davi, Salomão e etc se envolveram com política e todos eram de "Deus", mas todos esses eram servos de Jeová e não do Pai.

    Vamos ver o que Jesus disse quando enviou os dicipulos para pregar o evangelho: Nada leveis convosco para o caminho, nem bordões, nem alforje, nem pão, """""nem dinheiro""""". É esterrador o monte de campanhas da lei que as igrejas fazem, cobram a maldição do dízimo que Cristo aboliu e ainda querem mamar na teta do governo,,, Bando de lobos devoradores,,,

    O verdadeiro cristão não se envolve com o política, não se envolve com o sistema do 666. Todas religiões levam ao deus desse século e o único caminho que leva a Deus é Jesus Cristo.

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    1. Jesuus Cristo foi diferente de tudo isso, todos pregam o antigo testamento e chamam para aceitar Jesus rs

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  4. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
    Mateus 28:18

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